Fábrica de Rações do Instituto Federal do Triangulo Mineiro

No dia 23 de fevereiro de 2017, a Equipe AgroSilo juntamente com as outras equipes do 5º período de Agronomia do Instituto Federal do Triangulo Mineiro Campus Uberlândia , foi realizado uma visita a fabrica de rações do Instituto, onde foi observado as diferentes formulações utilizadas para cada etapa de desenvolvimento  dos animais (suínos, aves, bovinos, caprinos, cunicultura).

A princípio visitamos o galpão onde são recebidos e armazenados todos os tipos de núcleos utilizados para a fabricação das rações, além do milho, farelo de soja e trigo, calcário calcítico, açúcar, óleo de soja, entre outros ingredientes que são classificados como: alimentos energéticos ou basais, suplementos proteicos, suplementos vitamínico, suplemento mineral.

Classificação internacional de alimentos

1. forragens secas e volumosas: > 18% de matéria seca(MS); teor de fibra detergente neutro (FDN) >= 25%; proteína bruta (PB) <= 20%; < 60% de nutrientes digestivos totais (NDT)

2. pastos e forragens verdes: < 18% de matéria seca (MS); teor de fibra detergente neutro >= 25%; proteína bruta (PB) <= 20%; < 60% nutrientes digestivos totais (NDT);

3. ensilados: entre 30% e 37% de matéria seca (MS); > 3% CHO/MO

4. alimentos energéticos ou basais: <20% de proteína bruta (PB); < 18% de matéria seca de fibra bruta; >60% de nutrientes digestivos totais (NDT);

5. suplemenos proteicos: >=20% de PB;

6. suplementos minerais: somente minerais;

7. suplementos vitamínicos: somente vitaminas

8. aditivos não nutrientes: substancias adicionadas as rações com a finalidade de conservar, intensificar ou modificar suas propriedades desde que não prejudique seu valor nutritivo.

Na entrada do local, foi observado um quadro  que contém todas as formulações e custos de produção das dietas utilizadas para cada etapa dos animais que são criados no instituto.

Em seguida o responsável  pelo setor de rações, o senhor Pedro, esclareceu como é executado a preparação do milho, o qual é utilizado para incorporar a dieta dos animais sendo também o único produto recebido na forma bruta (grãos) e processado na fábrica. Ele também explicou brevemente o funcionamento das máquinas usadas na fabricação e transporte da ração. São elas: Chupim ou triturador, usado para desintegrar o milho; depósito de milho desintegrado; balança usada na pesagem dos ingredientes; misturador de ração; carreta graneleira, usada no transporte da ração; silo de armazenagem de milho; silo de armazenagem de ração pronta.

No Instituto são fabricados cerca de 18 toneladas por mês, o qual representa o consumo mensal. A escolha da empresa fornecedora é feita através de uma licitação realizada pela escola. Por se tratar de um instituto federal, a compra dos ingredientes não pode ser feita frequentemente, sendo assim é feito a entrega de ingredientes de 2 a 3 vezes ao ano.

2 a 3 vezes ao ano.

De acordo com as informações coletadas no campo e as pesquisas realizadas pós visita,observou-se tais relevâncias:

O Ministério da agricultura Pecuária e abastecimento (MAPA) regulamentou o registro do produto na a Instrução Normativa 13, 2004. No Manual prático para formulação de ração para vacas leiteiras, a definição de ração e núcleo são:

• "ração é a mistura composta por ingredientes e aditivos, destinada à alimentação de animais de produção, que constitua um produto de pronto fornecimento e capaz de atender às exigências nutricionais dos animais a que se destine" (EMBRAPA, 2011).
• "Núcleo e a pré-mistura composta por aditivos e macrominerais contendo ou não veículo ou excipiente, que facilita a dispersão em grandes misturas, e não pode ser fornecido diretamente aos animais". (EMBRAPA, 2011).

Imagens:

 Núcleo para preparação de ração separado por fase do desenvolvimento do animal (Fonte: Arquivo pessoal).

 Núcleo da marca Alpha, para bovinos (Fonte: Arquivo pessoal).

Núcleo da marca Poli-Nutri, para suínos (Fonte: Arquivo pessoal).

 Núcleo para aves (Fonte: Arquivo pessoal).

 Armazenagem do Núcleo para aves, separado por fase do crescimento do animal (Fonte: Arquivo pessoal).

Núcleo para bezerros (Fonte: Arquivo pessoal).

 Deposito de milho desintegrado e balança para pesagem dos ingredientes. (Fonte: Arquivo pessoal)

 Carreta graneleira para transporte das rações (Fonte: Arquivo pessoal).

 Misturador de ração (Fonte: Arquivo pessoal).

 Farelo de Trigo (Fonte: Arquivo pessoal).

Formulação para mistura de ração com o uso do núcleo Alpha (Fonte: Arquivo pessoal).

 Painel com as formulações e os custos de produção das rações (Fonte: Arquivo pessoal).

Tabela com os custos de produção das rações (Fonte: Arquivo pessoal).

 Silo para armazenagem de milho (Fonte: Arquivo pessoal).

 Triturador de milho (chupim ou desintegrador de grãos), (Fonte: Arquivo pessoal).

 Peneira do triturador de milho (Fonte: Arquivo pessoal).

 Balança (Fonte: Arquivo pessoal).

 Armazenamento dos ingredientes (Fonte: Arquivo pessoal).

Milho utilizado na produção da ração (Fonte: Arquivo pessoal).

 Moega, local de despejo do milho (Fonte: Arquivo pessoal).

 Motor da Moega (Fonte: Arquivo pessoal).

 Sistema de ventilação do Silo (Fonte: Arquivo pessoal).

Silo para armazenagem da ração pronta para uso (Fonte: Arquivo pessoal).

Referência

SALMAN, A. K. D.; OSMARI, E. K.; DOS SANTOS, M. G. R. Manual prático para formulação de ração para vacas leiteiras (DOCUMENTO 145). Porto Velho. Embrapa Rondônia. Outubro. 2011.